A área de Contabilidade está diante de uma mudança muito grande no ensino em razão das mudanças nas diretrizes curriculares de ensino, pois a partir de maio de 2024 teve início o tempo de dois anos para adaptação das instituições de ensino superior. Também, há uma forte demanda para o ensino com a implementação das IFRSs S1 e S2 no Brasil, cuja divulgação passa a ser obrigatória para as companhias de Capital aberto a partir de 2026, de acordo com a resolução 193/2023 da CVM. 

O tema foi debatido no painel Desafios do Ensino de Sustentabilidade na Formação do Contador, durante o II Encontro ICBR ESG 2024 – Normas e Desafios Profissionaispromovido pelo Instituto dos Contadores do Brasil (ICBR). O conteúdo deste painel foi classificado pelos debatedores como um grande desafio e uma grande expectativa para quem vem estudando sustentabilidade há muito tempo.

A doutora Solange Garcia, Conselheira de Administração do ICBR, professora na FEARP USP, com Pós-Doutorado em Sustainability Accounting (Heriot-Watt University) e Pós-Doutorado em Métodos de Apoio à Decisão (ITA), pesquisadora em metodologias ativas para o ensino de Sustentabilidade, destaca que, no cenário atual, há necessidade de preparar pessoas para funções de elaboração de relatórios de sustentabilidade de acordo com as novas regras. E isso também é um marco nesse momento com as novas diretrizes curriculares para os cursos de Ciências Contábeis no Brasil. Solange Garcia diz que a mudança traz muitos aspectos voltados para as habilidades técnicas e para as habilidades gerais dos contadores e requer também o desenvolvimento de muitas soft skills (habilidades comportamentais).